O que se tornou esse mundo? Será que vale a pena pensar sobre?
Eu, com meus 22 anos agora em 2011, estava acostumado, na minha infância, a brincar de boneco, ver Dragon Ball Z, Cavaleiros do Zodíaco, jogar tazo, Gogo's, ler revistinha em quadrinho, fazer quebra-cabeça, lego, dançar balão mágico, Sandy e Junior enfim, me divertia muito, e me lembro bem disso. Hoje eu vejo as crianças brincando de arma e colete com sensor, vendo desenhos de violência, sendo que nem tem muito desenho bom na TV, dançando funk, falando palavrão a rodo, etc. Mas o que mais me deixa indignado é a promiscuidade do século XXI. As crianças estão, aos 10 anos, já pensando em sexo, sendo que eu já consegui muitas vezes ver isso explicitamente em conversas aleatórias de garotos e garotas na rua.
Eu me pergunto, e não sei até que ponto isso é culpa dos pais ou das influências cotidianas. Meu ponto principal aqui não era falar disto, e sim do quanto a sociedade, no todo, mudou. Hoje em dia temos computadores de alta tecnologia, podemos nos conectar facilmente, falar "de graça" pela internet com um amigo querido, ou uma namorada, a distância já é algo que deixou de existir, mas será que deixou mesmo? Será que não estamos alimentando algo que não era para ser alimentado? Ao conversar com alguém pela internet, será que apenas não estamos aumentando nossa saudade? Além do que, a internet nos causa muitas confusões devido as falhas de envio de mensagem e as duplas interpretações que podem ser ocasionadas pela falta de contato real.
O ponto aqui ainda não é esse. Além de tudo de bom que a tecnologia e os avanços possam nos trazer, como viajar de avião, ter carro, entre as outras facilidades, será que estamos rumando para o lugar certo? A resposta mais obvia para um ecologista seria "não", enquanto que um fanático por tecnologia diria "sim". Mas eu ainda vou além do meio ambiente. Eu, sinceramente acho, que estamos vivendo uma era maldita, onde ficamos "viciados" pela informação. A informação não vem só da internet e da televisão, mas também da vida. Temos um limite de armazenamento de informação em nós mesmos que não faz mal, mas como tudo na vida em excesso faz mal, se esse limite for excedido, ficamos "viciados" em informação, e necessitamos dela cada vez mais. E é neste momento que nossa própria vida vai se tornando cada vez mais insignificante quando pensamos o quão o mundo é grande, e quantas vidas, além da nossa, há no mesmo.
As pessoas estão deixando de se preocuparem com sua própria vida, e passando a se preocupar demais com o que não lhes diz respeito. Triste, porém verdade. Não aguento mais a necessidade que tenho de entrar no facebook, ou de ver um vídeo no youtube, e olha que eu não estou nem perto de "viciado" em informação. O ser humano por si só já tem uma curiosidade muito grande, e se lhe entregamos o binóculo em frente a uma casa, ele vai olhar através.
O meu maior desejo nos dias de hoje é que ocorra uma pane nos servidores globais de internet, e possamos viver em paz. Não gosto da ideia de necessitar de um sistema de informação para viver. E muito menos da ideia de que se eu parar de acessar isso aqui, vou ser um alienado no mundo em que vivo.
Na minha época, eu não tinha internet, nem celular, e era feliz, meus pais tiveram muito menos e também foram felizes. Gostaria de receber uma carta de um amigo meu pelo menos uma vez na vida...
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