Vim aqui falar sobre algo que me aflinge ultimamente. O amor, ou algo do gênero.
Eu, por muito, acreditei no amor, mas por muito mais, não acredito, nos dias de hoje. Na verdade, me retificando, eu acredito sim no amor, mas de uma maneira diferente. Para mim existem tipos de amor. Como o amor fraterno, o amor de pai, mãe e filho, e o amor de amigo. Esses amores são sentidos por quase todos os seres humanos da Terra, acredito eu. Porém, existe um amor que... O tal amor que... é, sem explicações, quase mítico, ou se não me impessam dizer, sim, mítico. O amor entre "homem e mulher"(que pode ser entre homem e homem e mulher e mulher, também). Desde pequenas, as meninas sonham com o príncipe encantado(pelo menos na minha época era assim), sendo que este, ao que parece, nunca surge. As meninas, se tornam mulheres, e aprendem que encontrar o tal principe, que montado num cavalo irá levá-las para um passeio sobre as campinas silvestres, não existe, nem nunca irá existir. Frustração! Esta frustração causa uma revolta no coração e, em muitos casos, esta mulher recém formada irá abandonar seu sonho encantado e entregar-se a vida de conformismo em busca de um homem que possa fornecer-lhes pelo menos mais de 5% do que querem, e que seja de razoável, para bom, na cama.
Já os homens, ao que parecem, já nascem predestinados a criar o caos, pois tem que se mostrar os machões, fodões, comelões, e assim aprendem, a desde pequenos, abandonar seus sentimentos em busca de aventuras sem compromisso. Este comportamento criado por uma sociedade machista, causa a muitos, o costume com a falta de sentimento, e as mulheres que são ensinadas a serem santas e procurarem o homem certo, acabam caindo na idéia de injustiça gerada por esta sociedade.
Esse amor, o qual falei no início, é um amor puro, entre duas pessoas que não se desvirtuaram muito do caminho, e sempre procuraram se entregar, esperando que aquela fosse finalmente a pessoa. Acho que quando duas pessoas que nunca perderam a esperança, mesmo tendo sofrido diversas vezes, se encontram, há enfim um alinhamento dos cosmos. Quando borboletas voam pelo ar sem rumo, o Caos se gera, mas com uma pitada de Eros, impedindo que tudo dê errado e a canção continue. Essas borboletas que hora estavam no céu, passam para seus estômagos, a cabeça fica zonza e as mãos a suarem, poderia ser dito que é uma doença, mas os dois apesar dos sintomas o sabem, não é. Quando uma mensagem de texto faz seu coração acelerar, "será que é ele(a)?", quando um simples sorriso que você causou te faz ficar mais alegre que a própria pessoa, quando você não tem mais como explicar, acho que é aí que se encontra o amor. Eu digo isso pois nunca o senti, e se o senti, fui cortado. Porém, entendo, que todas as pessoas sabem como é este sentimento, sem nem ao menos tê-lo sentido. Pois ainda somos animais, e ainda temos instinto. Sabemos quando não é, mas não sabemos quando é.
Eu lhes digo o que acho que é o amor, mas com toda a certeza absoluta que não sei o que é o amor. Acritava que só podia-se ter um ao longo da vida, na verdade, ainda acredito, mas muitos já me mostraram o contrário. Acredito no amor eterno, intenso, não sei, ele não pode ter definição, mas sei o que não é o amor, ahhhh, isso eu sei.
Acredito também que o amor para o tempo, acredito que ele nos move sem precisarmos andar, acredito que o amor nos faz flutuar, e acredito que nos faz perseverar.
Em relação ao não amor, ou seja, ao gostar, acho que é valido enquanto se gosta, mas não acho que seja válido o abandono enquanto ainda há o sentimento pelos dois lados. O certo é, tenhamos 10 anos, 20 anos, 30 anos, ou 100 anos... Nunca saberemos o que é o amor definitivamente, e onde encontrá-lo.
Deixo aqui, muita coisa por dizer, pois se fosse escrever para sempre, não teria mais o que digitar.
"Os melhores sentimentos não são explicados com palavras nem nunca poderão ser." David Burns
Nenhum comentário:
Postar um comentário