quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Poema sem nome (1)

Lua, me diz, quem tu julgas a certa?
Cupido, me mostra, quem tua flecha acerta.
Estou em um vão, sujo por decreto,
Pois mora aqui, um pobre sem teto.

Está a voar, na lama de ratos,
Que assim me condena, por não de fato.
Os vermes rastejam e me mostram seu crânio,
Não me julgue normal, só me julgue estranho.

Cai de um sonho, onde porcos voavam,
E agora eu nado, em vermes que andavam.
Jatos de água a apodrecer,
Pedaços de corpos a umedecer.

Sangue em lágrimas, facas em chamas,
Meu colchão já rasteija, eu caí da minha cama.
Anjos me larguem, demônios me abençoem,
Ainda nado, nado, e nado e não te encontro.
Mais fundo, mais fundo, maus fundo!!!

Quero matar alguém!

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